sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Autobiografia

Assisitindo a aula de Literatura Brasileira 6, nosso professor falava sobre tantas coisas, dentre elas sobre a Praça do Relógio.
Lá está escrito em letras garrafais que "No Universo da Cultura o Centro está em toda a parte". E eu pensava nisso com tanta emoção, imaginando como o saber é democrático, que bela coisa estar em todas as partes, assim público, para quem quiser entrar e conhecer.
Quando ele foi inaugurado, as pessoas possuíam ideais e posições políticas e Universidade estava além do consumo do diploma. Exisita toda uma geração de pesquisadores, pessoas que não receberam a mesma educação que nós, que aprendiam a ler e a entender. Por isso são hoje nossos mestres idolatrados e canonizados, sem novo pensamento que lhes desafie.
Nunca havia entendido a grande contradição em nomear um centro para o universo da cultura. Afinal, o conhecimento está ou não está em todos os lugares?
Hoje, nada mais resta ao monumento do relógio do que ser um símbolo do enclausuramento do conhecimento. Os fins para que foi criado foram destruídos. A geração que o ergueu acabou e o conhecimento, definitivamente, não está em todas as partes.

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