terça-feira, 22 de abril de 2008

Caso do assassinato infantil

Os tempos da mídia sensacionalista começaram já são passados muitos anos. Disto não temos o que duvidar. Quem não se lembra quando o avião da TAM caiu lá pelos anos de 1995, e muito bem me recordo que a revista Veja publicou um dossiê com o retrato e a história de vida de cada um dos tripulantes mortos do Boeing.
O que temos acompanhado nas últimas semanas sobre o caso da criança assassinada é a novelização da vida real. Ontem os autores se preocupavam em trazer a literatura para próximo da realidade, utilizando recursos como "baseado em fatos reais" ou simplesmente utilizando enredos próximos do que vivemos. O que vivemos hoje é o contrário - a vida real se transforma em literatura o tempo todo e então, vivemos sempre numa história. Sem fim e sem moral.
Existe todo tipo de espectador, e quanto a isso não podemos nos queixar. Depois de Freud explica, tudo pode! Desde os comportamentos mais difundidos na nossa sociedade até os mais contidos, tudo pode e tudo pode ser explicado com algumas palavras mágicas: estresse, distúrbio psicológico, substâncias controladas, dependência. Some à essas palavras mágicas a alguns conceitos básicos da vida moderna: sociedade do espetáculo, sistematização do ensino, burrocracia.
O que temos? Caso de criança assassinada na mídia por quase 01 mês !! Pronto! Não ficamos atrás dos gringos em nada, cá já temos nossa Madelaine.

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